Banco Josephine, 36 ° 08´´ N, 14 °37´´ W


Chegados ao Josephine, iniciamos os trabalhos às 6 h da manhã do dia 15 de Setembro. Em cada estação existe uma sequência nos trabalhos realizados, e após o “mergulho” do microperfilador (a nossa Josefina), é a vez de utilizar a Rosette, equipada com, além do CTD, 12 garrafas Niskin (garrafas que recolhem água em diferentes profundidades). Através da leitura feita no perfil do CTD (em tempo real) que se determina o DCM (Deep Chlorophyll Maximum), ou seja, a zona em profundidade onde o fitoplâncton se acumula e por isso a fluorescência é máxima. O DCM tem extrema importância para a tomada de decisão das diferentes colheitas de água a diferentes profundidades. 

A menor fração do plâncton, o plâncton microbiano, é também objeto de estudo do projeto BIOMETORE. O plâncton microbiano é constituído por bactérias, archaea e protistas, e é um regulador essencial dos ciclos biogeoquímicos, influenciando diretamente o funcionamento dos ecossistemas marinhos. Para este estudo é preciso cumprir medidas estritas de assepsia, uma vez que só é possível aceder às comunidades microbianas utilizando técnicas moleculares. Para tal, um dos laboratórios do NI Noruega foi transformado num laboratório digno de aparecer na série CSI, onde as ciências forenses reinam. A água recolhida com as garrafas de Niskin a diferentes profundidades é depois cuidadosamente filtrada. A posteriori, o DNA destas comunidades será extraído dos filtros, e as sequências obtidas serão cuidadosamente analisadas.

Continuaremos a partilhar as novidades desta campanha. Até breve!