Montes Submarinos Great Meteor


ARQUIPÉLAGO SUBMARINO GREAT METEOR

Em plena crista média-Atlântica, 900 km (486 milhas náuticas) a sul dos Açores, o conjunto de montes submarinos que compõem o Great Meteor é constituído por uma série  de vulcões extintos assentes entre o talude continental e planície abissal, a profundidades variando entre os 2.000 a 4.800 metros. Os antigos cones vulcânicos são hoje montes submarinos alinhados com uma orientação predominante norte-sul. Tomados em conjunto formam uma cordilheira subaquática com mais de 700 km de extensão.

Este conjunto inclui os montes submarinos Atlantis, Plato, Tyro, Cruiser, Irving, Hyères, e o Great Meteor, em cuja proximidade ocorrem ainda o monte submarino Little Meteor e o banco Closs, de menores dimensões.

O monte submarino Great Meteor distingue-se pelo seu topo aplanado formando um grande planalto de forma oval. Recebe por isso a designação especial de guyot. Este planalto ocupa uma área aproximada de 1465 km2 e fica a uma profundidade de 270 metros. Em época recuada, já emergiu à superfície do oceano.

Os geólogos interpretam a formação deste complexo orográfico como resultante de movimentos tectónicos da Placa Africana em deslocação sobre um ponto quente (hotspot) subjacente da crosta terrestre, num processo associado à abertura do Oceano Atlântico. 

Esta região tem sido muito estudada pela comunidade científica internacional. Nas últimas décadas foi escolhida como destino de um grande número de missões oceanográficas. Costuma ser referida também pelas designações de “Atlantis-Plato-Cruiser-Great Meteor Seamount Group“ e “Atlantis-Great Meteor Seamount Chain”, ou “Seewarte Seamounts”. 

O arquipélago submarino Great Meteor está muito afastado das costas continentais e ocorre numa região oceânica pobre em nutrientes, associada ao giro subtropical Norte Atlântico. A escassez habitual de fauna marinha nas camadas superficiais contrasta nitidamente com as comunidades biológicas de águas profundas, compostas de organismos que vivem em contacto permanente com o leito marinho, ou nadam livremente na coluna de água.

Atendendo ao enquadramento regional, o arquipélago submarino Great Meteor constitui um polo de biodiversidade notável, pelo que deverá integrar a rede nacional de Áreas Marinhas Protegidas.. A sua protecção assume maior relevância pelo facto de suportar alguns endemismos.

Quimera Hydrolagus affinis fêmea capturada a cerca de 1.700 m de profundidade no monte submarino Great Meteor (2015.07.13 – foto BIOMETORE).


Um tubarão da espécie Heptranchias perlo filmado a cerca de 300m no topo do Great Meteor. É uma das espécies mais comuns deste monte submarino.(2015.07.10 – foto BIOMETORE) 

Exemplo da biodiversidade encontrada entre os 300 e os 2.000 m de profundidade nos montes submarinos do Great Meteor. (2015.07.14 – foto BIOMETORE)


  • promotor
  • parceiros
  • colaboradores
  • financiamento